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Conheça as Diferenças entre Resfriado e Gripe

No inverno, o frio e a oscilação de temperatura em diferentes períodos do dia, aliado ao fato de que a umidade do ar fica baixa devido à falta de chuva, algumas doenças são mais propensas a aparecer, como é o caso do resfriado e da gripe. Porém, há diferenças entre elas. A infectologista Dra. Vera Marcia de Souza Lima Rufeisen, coordenadora médica do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Vera Cruz, explica que ambas são infecções respiratórias transmitidas através de contato interpessoal, contato com gotículas provenientes de tosse e espirro ou através das mãos que levam os vírus até a boca e o nariz. “Embora elas comecem da mesma forma, com coriza, espirros e tosse, a gripe habitualmente apresenta sintomas mais intensos, como febre e prostração”, esclarece. Saiba mais sobre as características das duas doenças e previna-se!   Resfriado: - São causados por outros vírus como Adenovírus, Rhinovírus e Parainfluenzae, entre outros; - São mais leves e raramente provocam febre ou complicações; - Não têm tratamento específico. É recomendada apenas a hidratação, repouso e o uso de medicação para tratar os sintomas, como por exemplo, analgésicos e antitérmicos; - Não há vacina para resfriado comum.   Gripe: - São causadas pelo vírus Influenzae; - Podem ser mais graves, provocar febre, dores musculares, queda do estado geral e causar infecção respiratória grave, assim como complicações bacterianas secundárias; - Em casos graves (Síndrome Respiratória Aguda Grave), os vírus podem ser detectados em secreção respiratória através de métodos específicos e são prescritos medicamentos antivirais. - Representam um risco para saúde, principalmente em grupos específicos (crianças, gestantes, indígenas, pessoas com problemas de imunidade e com outras doenças do coração, pulmões, diabetes, além dos obesos. Estas pessoas têm maior chance de apresentar uma complicação clínica, com quadro pulmonar grave ou pneumonias bacterianas secundarias ao processo); - Podem ser prevenidas através de vacinação.   Medidas preventivas para as duas doenças: - Mantenha a higiene constante das mãos; - Evite lugares fechados, sem ventilação; - Orientação quanto à toilette da tosse: cobrir a boca durante o processo de tossir e espirrar; - Vacine-se contra gripe.

Menopausa

Uma questão de saúde que todas as mulheres terão que enfrentar é a menopausa. Para algumas, os sintomas são mais amenos, já para outras, os calores, a dificuldade para pegar no sono, dores de cabeça, nervosismo e a diminuição da libido impactam significativamente a rotina e a qualidade de vida. Tudo isso acontece devido à diminuição gradativa da produção de hormônios femininos. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que a idade média em que a mulher brasileira chega à menopausa é de 48,1 anos e também que quanto antes ela menstrua, mais cedo entra na menopausa e maior é a frequência dos sintomas. O Dr. André Arruda, coordenador do Departamento de Ginecologia do Hospital Vera Cruz, esclarece informações sobre o tema de nossa quinta e última reportagem especial relacionada à saúde da mulher. Veja as orientações do especialista:   O que é? Menopausa é um evento fisiológico pelo qual todas as mulheres entre os 45 e 55 anos passam. Sua principal característica é a suspensão definitiva da menstruação. O período que antecede a menopausa é o climatério, uma fase de transição do período fértil para o não reprodutivo em que os ovários vão deixando de produzir os hormônios femininos estrogênio e progesterona.   Sintomas Ondas de calor, também chamadas de fogachos, insônia, sudorese noturna, ressecamento da pele e da vagina, irritabilidade, depressão, diminuição da libido e irregularidade no ciclo menstrual, são os principais sinais que aparecem no climatério. Já com a última menstruação e a chegada efetiva da menopausa, esses sintomas tendem a ser acentuados. “A maioria das mulheres sofre com os sintomas, mas há algumas pacientes que têm o privilégio de não ter incômodo algum nessa fase”, afirma Dr. André.   Diagnóstico Os exames clínicos feitos em consultórios pelo ginecologista e alguns exames laboratoriais de sangue, como o de dosagem do hormônio folículo estimulante (FSH), LH e estradiol, são os mecanismos para diagnosticar a menopausa.   Tratamento Há duas formas de tratamento para os períodos do climatério e da menopausa. Medicamentos naturais e fitoterápicos, atividade física regular e alimentação saudável são algumas alternativas para tratar apenas os sintomas. Já para as mulheres que são muito sintomáticas, geralmente é prescrito o tratamento com reposição hormonal, que consiste na suplementação dos hormônios que param de ser produzidos pelos ovários. Esse tratamento dura cerca de cinco anos e pode ser combinado com antidepressivos. Importante frisar que há estudos que indicam a probabilidade de a reposição hormonal aumentar o risco de câncer de mama, por isso a mamografia anual é fundamental. “Nem todas as pacientes podem usar a reposição hormonal. Quando há histórico familiar de câncer de mama, trombose e AVC, geralmente não é prescrito”, completa Dr. André.

Problemas na Tireoide

 A tireoide é uma glândula localizada no pescoço, que produz hormônios importantes para o funcionamento harmônico do organismo. Porém, diversos distúrbios podem afetá-la. As mulheres são mais propensas a desenvolver esses problemas, como os nódulos, devido ao estrogênio, um hormônio feminino que estimula a proliferação de células da tireoide. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos da tireoide em algum momento da vida. O cirurgião de cabeça e pescoço Dr. José Higino Steck, do Hospital Vera Cruz, esclarece informações sobre o tema de nossa terceira reportagem especial relacionada à saúde da mulher. Veja as orientações do especialista:   O que é? A tireoide é uma glândula em formato de borboleta localizada no pescoço e que tem a função de regular o metabolismo atuando sobre órgãos como o coração, o fígado e os rins. Produtora dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), essa glândula também interfere no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no humor e no peso corporal. “Mas nem sempre ela é a culpada pelo ganho de peso”, ressalta Dr. Higino.   Problemas na Tireioide Quando a glândula não funciona corretamente, algum distúrbio deve se manifestar. Se libera hormônios em quantidade insuficiente, ocorre o hipotireoidismo, um problema que acomete 10% da população. Já quando há hormônios em excesso, ocorre o hipertiroidismo. Também são comuns os nódulos da tireoide, que nem sempre apresentam sintomas. “Na maioria das vezes, eles são benignos e nem todos precisam ser retirados. Apenas aqueles que causam incômodo respiratório, de deglutição ou estético têm indicação de retirada. Os demais requerem apenas acompanhamento”, explica. Já os nódulos cancerosos, que representam cerca de 5% dos casos, precisam ser retirados. Há ainda o bócio, caracterizado pelo aumento de volume na tireoide, que muitas vezes está associado ao hipotireoidismo ou ao hipertireoidismo.   Fatores de Risco A idade é um dos fatores de risco. Os nódulos, por exemplo, são mais comuns com o passar dos anos. “Após os 60 anos, aproximadamente 50% das mulheres têm o problema”, revela o especialista. A escassez de iodo também leva a disfunções na glândula, porém, como o sal de cozinha é suplementado com esse mineral no Brasil, essa carência não é usual. Há ainda a questão genética.   Prevenção Manter uma alimentação saudável, priorizando alimentos naturais e consumindo sal equilibradamente é uma das formas de evitar problemas na tireoide. Não tomar medicamentos para emagrecer sem acompanhamento médico e não se expor à radiação sem necessidade é importante. “É preciso ressaltar que pessoas saudáveis também podem ter nódulos na tireoide”, diz Dr. Higino.   Sintomas Fadiga e cansaço constantes, ganho de peso, alterações na pele, no cabelo e nas unhas e o aparecimento de gânglios no pescoço podem ser sinais de que algo não vai bem com a tireoide.   Diagnóstico Os exames de sangue de dosagem de TSH e de T4 Livre servem para verificar a produção de hormônios na glândula e podem ser solicitados pelo ginecologista ou clínico geral nas consultas anuais. O autoexame no pescoço também é importante para detectar alterações. Se há suspeita de nódulos, o médico pode pedir uma ultrassonografia da tireoide e, caso seja confirmada, uma biopsia por punção é necessária para verificar sua natureza. Quando há histórico familiar para câncer de tireoide, é recomendado consultar um médico endocrinologista.   Tratamento Para casos de hipo e hipertiroidismo, o tratamento é apenas medicamentoso. Quanto aos nódulos, quando forem benignos e não causarem incômodos, basta o acompanhamento médico, mas se eles crescerem ou causarem sintomas, o tratamento pode ser realizado  com a ajuda de um procedimento inovador já disponível no Hospital Vera Cruz chamado ablação por radiofrequência, uma técnica minimamente invasiva que, através de uma agulha conectada a um gerador que emite radiofrequência, leva à redução de até 90% do tamanho do nódulo. “É uma alternativa de tratamento que não requer corte nem deixa cicatriz, podendo beneficiar pessoas de todas as idades”, explica Dr. Higino. Em casos de câncer, a tireoide tem que ser retirada por cirurgia e a paciente passa por iodoterapia e necessita de reposição hormonal até o fim da vida.

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