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A Depressão tem Prevenção e Tratamento

A batalha contra a tristeza  A depressão é uma doença cuja importância pode ser avaliada pelos inúmeros estudos científicos realizados em vários países. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a depressão atinge atualmente 4,4% da população mundial, sendo aproximadamente 5,8% de brasileiros (ou seja, 11,5 milhões de pessoas). A depressão pode, a partir de momentos de crise, tornar-se patológica ou acontecer em reação às situações de intenso sofrimento emocional. A instalação de uma forma ou outra é o que representará o sucesso ou o fracasso na elaboração de perdas significativas. O serviço de Psicologia do Hospital Vera Cruz tem como foco principal o atendimento psicológico direcionado aos pacientes e seus familiares, e é realizado de forma multidisciplinar – equipes médica, enfermagem, nutrição, serviço social, e fisioterapia motora e respiratória. Neste serviço há uma atenção especial à depressão, pois é evidente que seus sintomas podem ser agravados em uma internação hospitalar, ou ainda, podem ser iniciados dependendo da doença orgânica e do seu tratamento. Tanto o paciente pode desenvolver a doença, quanto seus familiares, principalmente em familiares de bebês, crianças, adultos com doenças crônicas ou em cuidados paliativos e nos casos de tratamentos mais invasivos. Dentre os sintomas mais comuns estão a tristeza, perda de interesse, ausência de prazer, oscilações entre sentimentos de culpa e baixa autoestima, distúrbios do sono ou do apetite, bem como a sensação de cansaço e falta de concentração. Pode-se imaginar o que é sentir estes sintomas tão aflitivos junto a um diagnóstico de doença grave, do próprio paciente ou do ente querido. O atendimento psicológico prioriza o cuidado ético, acolhedor e afetivo. Visa o fortalecimento de recursos psíquicos com o objetivo de amparar o sofrimento, bem como os sentimentos de solidão, desamparo e angústia. Talvez seja possível pensar o cuidado oferecido pelo psicólogo como uma forte parceria, onde junto ao paciente trava-se uma intensa batalha, afim de tornar viável o enfrentamento e a elaboração deste estado, e a conquista do sentimento de esperança. A depressão tem prevenção e tratamento. Equipe de Psicologia – Hospital Vera Cruz Gabriel Banzato Gisele A. do P. Bazi Marina C. Verri  

Cuidados com a saúde para viagens longas

Na hora de escolher um destino atrativo para uma viagem de férias, muitas vezes são os locais distantes que acabam sendo os escolhidos. Quando se trata de deslocamentos de longa distância, alguns cuidados são fundamentais, afinal, os problemas de saúde durante as viagens aéreas demoradas são relativamente comuns, segundo Dr. Rafael Gavinhos, médico coordenador da UTI Cardiológica do Hospital Vera Cruz. “As alterações na cabine podem causar diversos reflexos em nosso organismo. A imobilidade prolongada é o principal fator que leva à trombose venosa profunda e à embolia pulmonar, mas há outros problemas bastante comuns nos voos longos”, diz. Ele afirma que os idosos são os mais afetados por já apresentarem comorbidades importantes, como doenças cardiovasculares e pulmonares, terem menor reserva funcional e serem mais propensos à desidratação. Para que a viagem seja prazerosa do começo ao fim, veja algumas dicas do especialista do HVC para que as longas horas de deslocamento não impactem negativamente a saúde.  Atitudes preventivas: Alguns cuidados fazem toda a diferença para evitar problemas circulatórios nos voos de longa distância. Veja o que precisa ser prioridade e o que deve ser evitado: – Não fumar antes de embarcar; – Beber bastante líquido durante a viagem; – Movimentar-se dentro do avião a cada duas horas para ativar a circulação das pernas; – Evitar roupas muito apertadas; – Evitar bebidas alcoólicas; – Evitar sedativos para não ficar em uma mesma posição durante muito tempo; – Usar meias compressoras; – E nos casos de pacientes que já apresentaram evento de tromboembolismo venoso ou se houver antecedente familiar, é recomendado procurar o médico antes de viajar para adequar as medidas preventivas. Check list para quem sofre com problemas cardiorrespiratórios: Os pacientes com doenças crônicas precisam de cuidados extras e devem seguir algumas recomendações: - Levar consigo o relatório das condições de saúde assinado pelo médico e um eletrocardiograma recente para facilitar o tratamento caso haja algum incidente; - Levar na bagagem de mão os medicamentos de uso habitual e ingeri-los conforme horário de costume, tendo atenção para a mudança de fuso horário; - Pacientes hipertensos devem evitar alimentação com excesso de sódio, bem como ingestão de bebida alcoólica e café; - Pacientes com doenças pulmonares obstrutivas crônicas devem ser avaliados pelo seu médico quanto à necessidade de oxigênio suplementar durante o voo.

Março Azul-Marinho

  “Março Azul-Marinho” é o nome da campanha que tem o objetivo de promover a prevenção e o combate ao câncer do intestino grosso ou, como é mais conhecido, c0âncer de cólon e reto (o reto é a porção final do intestino grosso).   A importância dessa campanha se justifica por diferentes fatores. Em primeiro lugar, pelos números associados à doença. Dados da Associação Internacional para Pesquisa em Câncer (www.iarc.who.int) mostram que o tumor colorretal é o quarto câncer mais comum no mundo, com mais de um milhão de casos novos diagnosticados anualmente. Ainda pelos dados da IARC, no cenário mundial, este tipo de câncer aparece como a terceira maior causa de morte por tumores (aproximadamente meio milhão de óbitos por ano), atrás dos cânceres de pulmão e mama. No Brasil, as estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (www.inca.gov.br) mostram que, em 2019, o câncer colorretal provocou a morte de 20.576 pessoas (10.191 homens e 10.385 mulheres). A estimativa do INCA para 2020 foi de cerca de 41 mil casos novos de câncer do intestino grosso.   Informar-se corretamente, um dos objetivos da campanha Março Azul-Marinho, nos dá meios para diminuirmos o risco de desenvolvermos o câncer colorretal ou diagnosticá-lo o mais cedo possível. É importante saber, por exemplo, que a probabilidade aumenta com a idade. Este tipo de tumor é infrequente entre os jovens e muito mais comum a partir dos 50 anos. Por isso, recomenda-se que, quem chegou a esta idade, mesmo que não apresente queixas relacionadas ao hábito intestinal (indivíduo assintomático), converse com um médico ou busque informações nos serviços de saúde, para conhecer as alternativas e disponibilidade dos chamados exames de rastreamento, como pesquisa de sangue oculto nas fezes, retossigmoidoscopia e colonoscopia.   Para quem tem parentes próximos com diagnóstico confirmado de câncer colorretal, para aqueles que têm doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa ou doença de Crohn, e indivíduos com certas doenças hereditárias, como a polipose familiar, a orientação sobre exames de rastreamento deve ser individualizada e realizada antes dos 50 anos. Em alguns casos, é recomendada a avaliação por especialista em Oncogenética.   Também é importante salientar que determinados hábitos e escolhas podem aumentar nosso risco de desenvolver câncer colorretal. Estudos e pesquisas internacionais demonstraram que o tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas, a alimentação com poucas fibras (frutas e vegetais) e excesso de carnes vermelhas e processadas (salsicha, mortadela, linguiça etc.), estão associados ao desenvolvimento da doença. Além disso, deve-se evitar o sedentarismo e o excesso de gordura corporal.   Conhecer os sinais e sintomas mais frequentemente associados ao câncer colorretal também é relevante. Deve-se buscar avaliação médica, sem demora, no caso de se observar a presença persistente de sangue nas fezes; se as fezes passarem a ter formato fino ou achatado (em forma de fita); se acontecer mudança inexplicável no hábito intestinal, especialmente se forem períodos de diarreia intercalados com períodos em que o intestino para de funcionar; se surgir dor ou desconforto abdominal recorrentes; se detectada tumoração abdominal, anemia, fraqueza e/ou perda contínua de peso sem motivo.   Quando um ou mais desses sinais e sintomas estão presentes e a pessoa passa por avaliação médica adequada, aumentam as chances de que, se for mesmo um tumor do intestino, seja descoberto e tratado em estágio inicial. Nessas circunstâncias, as chances de cura superam 90%. Por outro lado, apesar de muitos avanços terapêuticos e das constantes pesquisas, o câncer colorretal diagnosticado em estágios avançados ainda exige tratamentos complexos e de alto custo, resultando em prognóstico limitado, com alto risco de toxicidades graves e sequelas indesejáveis. Isso é o que o engajamento na campanha “Março Azul-Marinho” procura evitar.   *Dr. Paulo Eduardo Pizão (CRM 58.041) é coordenador do Vera Cruz Oncologia.  

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