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Cuidados com a saúde para viagens longas

Na hora de escolher um destino atrativo para uma viagem de férias, muitas vezes são os locais distantes que acabam sendo os escolhidos. Quando se trata de deslocamentos de longa distância, alguns cuidados são fundamentais, afinal, os problemas de saúde durante as viagens aéreas demoradas são relativamente comuns, segundo Dr. Rafael Gavinhos, médico coordenador da UTI Cardiológica do Hospital Vera Cruz. “As alterações na cabine podem causar diversos reflexos em nosso organismo. A imobilidade prolongada é o principal fator que leva à trombose venosa profunda e à embolia pulmonar, mas há outros problemas bastante comuns nos voos longos”, diz. Ele afirma que os idosos são os mais afetados por já apresentarem comorbidades importantes, como doenças cardiovasculares e pulmonares, terem menor reserva funcional e serem mais propensos à desidratação. Para que a viagem seja prazerosa do começo ao fim, veja algumas dicas do especialista do HVC para que as longas horas de deslocamento não impactem negativamente a saúde.  Atitudes preventivas: Alguns cuidados fazem toda a diferença para evitar problemas circulatórios nos voos de longa distância. Veja o que precisa ser prioridade e o que deve ser evitado: – Não fumar antes de embarcar; – Beber bastante líquido durante a viagem; – Movimentar-se dentro do avião a cada duas horas para ativar a circulação das pernas; – Evitar roupas muito apertadas; – Evitar bebidas alcoólicas; – Evitar sedativos para não ficar em uma mesma posição durante muito tempo; – Usar meias compressoras; – E nos casos de pacientes que já apresentaram evento de tromboembolismo venoso ou se houver antecedente familiar, é recomendado procurar o médico antes de viajar para adequar as medidas preventivas. Check list para quem sofre com problemas cardiorrespiratórios: Os pacientes com doenças crônicas precisam de cuidados extras e devem seguir algumas recomendações: - Levar consigo o relatório das condições de saúde assinado pelo médico e um eletrocardiograma recente para facilitar o tratamento caso haja algum incidente; - Levar na bagagem de mão os medicamentos de uso habitual e ingeri-los conforme horário de costume, tendo atenção para a mudança de fuso horário; - Pacientes hipertensos devem evitar alimentação com excesso de sódio, bem como ingestão de bebida alcoólica e café; - Pacientes com doenças pulmonares obstrutivas crônicas devem ser avaliados pelo seu médico quanto à necessidade de oxigênio suplementar durante o voo.

Março Azul-Marinho

  “Março Azul-Marinho” é o nome da campanha que tem o objetivo de promover a prevenção e o combate ao câncer do intestino grosso ou, como é mais conhecido, c0âncer de cólon e reto (o reto é a porção final do intestino grosso).   A importância dessa campanha se justifica por diferentes fatores. Em primeiro lugar, pelos números associados à doença. Dados da Associação Internacional para Pesquisa em Câncer (www.iarc.who.int) mostram que o tumor colorretal é o quarto câncer mais comum no mundo, com mais de um milhão de casos novos diagnosticados anualmente. Ainda pelos dados da IARC, no cenário mundial, este tipo de câncer aparece como a terceira maior causa de morte por tumores (aproximadamente meio milhão de óbitos por ano), atrás dos cânceres de pulmão e mama. No Brasil, as estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (www.inca.gov.br) mostram que, em 2019, o câncer colorretal provocou a morte de 20.576 pessoas (10.191 homens e 10.385 mulheres). A estimativa do INCA para 2020 foi de cerca de 41 mil casos novos de câncer do intestino grosso.   Informar-se corretamente, um dos objetivos da campanha Março Azul-Marinho, nos dá meios para diminuirmos o risco de desenvolvermos o câncer colorretal ou diagnosticá-lo o mais cedo possível. É importante saber, por exemplo, que a probabilidade aumenta com a idade. Este tipo de tumor é infrequente entre os jovens e muito mais comum a partir dos 50 anos. Por isso, recomenda-se que, quem chegou a esta idade, mesmo que não apresente queixas relacionadas ao hábito intestinal (indivíduo assintomático), converse com um médico ou busque informações nos serviços de saúde, para conhecer as alternativas e disponibilidade dos chamados exames de rastreamento, como pesquisa de sangue oculto nas fezes, retossigmoidoscopia e colonoscopia.   Para quem tem parentes próximos com diagnóstico confirmado de câncer colorretal, para aqueles que têm doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa ou doença de Crohn, e indivíduos com certas doenças hereditárias, como a polipose familiar, a orientação sobre exames de rastreamento deve ser individualizada e realizada antes dos 50 anos. Em alguns casos, é recomendada a avaliação por especialista em Oncogenética.   Também é importante salientar que determinados hábitos e escolhas podem aumentar nosso risco de desenvolver câncer colorretal. Estudos e pesquisas internacionais demonstraram que o tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas, a alimentação com poucas fibras (frutas e vegetais) e excesso de carnes vermelhas e processadas (salsicha, mortadela, linguiça etc.), estão associados ao desenvolvimento da doença. Além disso, deve-se evitar o sedentarismo e o excesso de gordura corporal.   Conhecer os sinais e sintomas mais frequentemente associados ao câncer colorretal também é relevante. Deve-se buscar avaliação médica, sem demora, no caso de se observar a presença persistente de sangue nas fezes; se as fezes passarem a ter formato fino ou achatado (em forma de fita); se acontecer mudança inexplicável no hábito intestinal, especialmente se forem períodos de diarreia intercalados com períodos em que o intestino para de funcionar; se surgir dor ou desconforto abdominal recorrentes; se detectada tumoração abdominal, anemia, fraqueza e/ou perda contínua de peso sem motivo.   Quando um ou mais desses sinais e sintomas estão presentes e a pessoa passa por avaliação médica adequada, aumentam as chances de que, se for mesmo um tumor do intestino, seja descoberto e tratado em estágio inicial. Nessas circunstâncias, as chances de cura superam 90%. Por outro lado, apesar de muitos avanços terapêuticos e das constantes pesquisas, o câncer colorretal diagnosticado em estágios avançados ainda exige tratamentos complexos e de alto custo, resultando em prognóstico limitado, com alto risco de toxicidades graves e sequelas indesejáveis. Isso é o que o engajamento na campanha “Março Azul-Marinho” procura evitar.   *Dr. Paulo Eduardo Pizão (CRM 58.041) é coordenador do Vera Cruz Oncologia.  

Indicadores para a comunidade

TAXA GERAL DE IRAS - INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE Relação percentual entre o número de infecções relacionadas à assistência à saúde adquiridas durante a internação hospitalar e o número de saídas dos pacientes no mesmo período. O Hospital Vera Cruz trabalha com o Programa de Prevenção das IRAS, Programa de Higienização das Mãos, além de implantação de protocolos de boas práticas de cuidado e prevenção.   QUANTIDADE DE RESÍDUOS INFECTANTES KG/PACIENTE DIA Quantidade de resíduos hospitalares infectantes tratados (incinerados) antes do descarte final. O número estabelece a quantidade gerada deste tipo de resíduo por paciente por dia nos atendimentos assistenciais do Hospital Vera Cruz. O tratamento do resíduo é realizado por empresa contratada e especializada, de acordo com as normas e as legislações aplicáveis.   NPS – NET PROMOTER SCORE Net Promoter Score é uma métrica que tem como objetivo medir o grau de recomendação e satisfação dos clientes. Este indicador é medido mensalmente com base nos resultados de pesquisas de clientes em uma escala de 0 a 10, variando a pontuação de -100 a 100. Todos os atendimentos são pesquisados e os resultados acompanhados para melhorias contínuas envolvendo todas as equipes da instituição.   TAXA DE OCUPAÇÃO Avalia o percentual de utilização de leitos operacionais e tem como objetivo auxiliar no gerenciamento eficiente da ocupação do hospital, bem como auxiliar nas boas práticas assistenciais.

TUMOR BOARD: um passo para o tratamento oncológico personalizado

  Uma prática essencial na medicina moderna é o compartilhamento de informações entre os profissionais especialistas. O “Tumor Board” surgiu nesse contexto, tendo em vista a capacidade multidisciplinar de uma instituição com grande quantidade de profissionais voltados para o tratamento oncológico e o surgimento de encontros ou reuniões esporádicas com o objetivo de gerar debates sobre diversos casos. Independentemente da experiência de cada médico, ter uma diversidade de especialistas em um ambiente profissional capazes de opinar sobre o assunto pode gerar enormes benefícios para uma instituição de saúde e, em especial, para o paciente. Ao trabalhar em conjunto, a equipe pode avaliar todas as opções para aperfeiçoar a precisão no diagnóstico e a eficácia do tratamento oncológico. Isso pode representar mais rapidez na condução do tratamento, impacto no custo-efetividade e assertividade na tomada de decisão. Atualmente, é possível implementar essa linha de raciocínio coletivo utilizando as plataformas virtuais, que permitem inclusive a participação remota de profissionais de instituições internacionais e grandes centros oncológicos mundiais. Afinal, quem participa desses encontros? Diversas especialidades médicas podem compor esses participantes como Oncologia Clinica, Cirurgia Oncológica, Patologia, Radiologia Clinica, Radiologia Intervencionista, Medicina Nuclear, Radioterapia, Especialidades Cirúrgicas, Oncocardiologia e outros profissionais de saúde envolvidos no cuidado do paciente oncológico (enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais). “Tumor Board” é uma estratégia inovadora que pode garantir a implantação de práticas de medicina de precisão nos serviços de saúde. A medicina de precisão é uma prática diferente dos moldes tradicionais de atendimento, que visa um tratamento individualizado que considera fatores genéticos, biológicos e influência dos meios externos, tornando a decisão terapêutica mais humanizada e completa. Ao tratar cada paciente como um ser individualizado, e não apenas parte de um sistema, a equipe deixa de considerar o diagnóstico como peça central do direcionamento do tratamento e o entende como mais um pedaço do quebra-cabeça que precisa ser montado para alcançar o bem-estar do paciente.   Dra. Camila Nassif Ferreira Brito Médica oncologista do grupo de Oncologia do Vera Cruz Hospital

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