Guia Rápido sobre o Colesterol - Blog - Hospital Vera Cruz

08/09/2023

Guia rápido sobre o colesterol: o que é, como age no corpo e os cuidados com o que comemos

O colesterol é essencial para a boa saúde. Mas pode, também, causar seríssimos problemas. Descubra quais alimentos aumentam e quais ajudam a diminuir seus níveis no sangue.

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Um dos temas de saúde mais comentados é o colesterol. Normalmente, fala-se dele apenas com conotações bastante negativas, associado a graves problemas. Mas é importante saber que o colesterol é, na verdade, um componente essencial para o corpo humano. Quando em excesso, realmente faz mal. Mas, sem ele, também não há boa saúde.

Dia 08 de agosto é o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol, instituído pelo Ministério da Saúde para alertar a população sobre os riscos do colesterol alto (especialmente, suas consequências na saúde do coração). Aproveitando a data, preparamos um guia rápido sobre o colesterol, com as informações mais importantes que você precisa saber! Acompanhe a seguir.

 

O que é o colesterol?

Para muitas pessoas, é até difícil acreditar que o colesterol possa ser algo de bom. Ouvimos falar dele quase exclusivamente relacionado a más notícias para a saúde. Todavia, o colesterol é um componente essencial para o bom funcionamento do organismo.

O colesterol é uma molécula gordurosa (é similar a uma cera) produzida pelo corpo e utilizada em diversas funções relevantes, como:

  • a produção de hormônios
  • a produção de vitaminas, notadamente a vitamina D
  • a construção e manutenção de células,
  • o armazenamento de gordura,
  • a digestão
  • o bom funcionamento do metabolismo como um todo.

Quase todo o colesterol que precisamos é produzido pelo fígado. Algumas estimativas sugerem que 80% do colesterol necessário à saúde vem do fígado e os outros 20% da alimentação. Ainda assim, em uma pessoa saudável, pode-se dizer que o fígado, sozinho, é capaz de produzir as necessidades diárias de colesterol. É por isso mesmo que é importante moderar o consumo de colesterol vindo dos alimentos, já que quase sua totalidade é um ‘extra’ para o corpo.

Uma vez produzido no fígado, o colesterol se liga a proteínas especiais e “navega” pela corrente sanguínea, sendo levado a todo o organismo e compartilhado com as células do corpo, para que elas possam utilizá-lo em seus processos internos.

Quando o colesterol está unido a proteínas, esse composto é chamado de lipoproteína. Existem basicamente 03 tipos de lipoproteínas: as LDL (também conhecidas como “colesterol ruim”), as HDL (o “colesterol bom”) e as VLDL. No sangue, as LDL são as mais comuns. E são, também, as que causam mais problemas.

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Lipoproteínas e níveis de colesterol

Os níveis de colesterol LDL devem ser mantidos baixos no sangue (o nível ideal depende de alguns fatores), entre eles seu risco cardiovascular, e os níveis de colesterol HDL devem ser altos. Exames de sangue simples discriminam tais diferenças.

Aproximadamente 40% da população brasileira têm colesterol elevado, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Pior: algumas estimativas apontam que 20% das crianças brasileiras também podem estar com o colesterol elevado.

Quando se encontra em altos níveis no sangue, o colesterol LDL pode acabar se juntando a outras moléculas e criar um depósito duro e grosso nas paredes das artérias. São verdadeiras “placas de gordura”, que impedem a passagem do sangue. Com isso, o fluxo sanguíneo ao longo do corpo é prejudicado. Quando há esse bloqueio nas artérias que nutrem o coração e o cérebro, graves problemas podem acontecer, como aterosclerose e o AVC.

Inversamente, quando os níveis de HDL (o colesterol bom) estão altos, o corpo passa a ‘capturar’ colesterol da corrente sanguínea e levá-lo de volta ao fígado, onde é ‘reprocessado’ e eliminado do corpo. Por isso, quem recebe o diagnóstico de “colesterol alto” costuma seguir dietas e hábitos de vida que tanto reduzem o LDL como também aumentam os níveis de HDL no sangue. Para a maioria das pessoas, níveis de HDL acima de 40 mg/dl são recomendados.

 

As consequências do colesterol alto

O colesterol alto é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas e AVC. E essas são, justamente, algumas das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo.

No Brasil, mais de 30% de todas as mortes registradas está relacionado a doenças cardiovasculares. Elas representam, também, as doenças com maiores gastos em assistência médica no sistema de saúde. Segundo o Ministério da Saúde, 100 mil brasileiros são vítimas das doenças cardiovasculares todos os anos.

Nos Estados Unidos, estima-se que doenças cardíacas vitimem 01 pessoa a cada 33 segundos.

 

Em quais alimentos encontramos colesterol?

Em uma dieta moderna, o colesterol vem basicamente de alimentos ricos em gorduras saturadas. Existem alimentos que, de fato, contêm níveis mais altos de colesterol, mas eles representam uma fração muito pequena do que normalmente comemos. A alimentação contemporânea é muito mais rica em gordura do que colesterol.

Mas qual a relação entre gordura e colesterol? Já há várias décadas, estudos científicos com grande número de pessoas revelaram que o consumo de alimentos ricos em gorduras trans ou saturadas está relacionado ao aumento do “colesterol ruim” no sangue. Há evidências, inclusive, de que as gorduras trans, além de aumentarem o “colesterol ruim”, ainda diminuem os níveis do “colesterol bom”. Dietas ricas em gorduras saturadas ou trans, portanto, são consideradas sinônimo de dietas ricas em colesterol.

Por isso, ao analisar um rótulo de alimento, fique atento à seção que detalha os níveis de gorduras – elas possuem um efeito direto e intrínseco nos níveis de colesterol.

Essa relação entre gorduras saturadas e colesterol explica por que as listas de alimentos ‘ricos em colesterol’ costumam destacar aqueles não necessariamente repletos de colesterol, mas sim de gorduras saturadas por porção. Dentre os alimentos mencionados, carne vermelha, frango e derivados de leite estão são sempre presentes. Alimentos industrializados e os ultraprocessados também costumam entrar nessas listas.

 

Está com o colesterol alto? O que evitar em termos de alimentação

Uma das melhores ‘regras’ para a redução do colesterol é substituir alimentos que contenham gorduras saturadas pelas insaturadas. Além disso…

  • Quando cozinhar, prefira utilizar óleos vegetais (especialmente azeite de oliva);
  • Frituras? Nem é preciso mencionar que elas não fazem bem à saúde! E são repletas de gorduras saturadas. Quando possível, evite.
  • Controle o consumo de carnes vermelhas. Quando comer, que sejam o mais ‘limpas’ possível: não ingira peles ou gordurinhas.
  • Evite embutidos;
  • Fique de olho no consumo de leite, queijo, manteigas… laticínios no geral. Eles possuem níveis altos de gorduras saturadas.
  • Controle o consumo de produtos industrializados e fique atento ao rótulo – você vai se assustar com a quantidade de gorduras que a maioria possui!

 

Alimentos que ajudam a reduzir o colesterol

Como via de regra, vegetais não possuem colesterol, então uma alimentação rica em frutas e legumes trará ao corpo muitos nutrientes e nada de colesterol! Além disso, existem alguns alimentos ‘especiais’, que não apenas não possuem colesterol, como também, comprovadamente, ajudam a reduzir a quantidade dessa molécula no sangue. Confira alguns deles a seguir.

  • Alimentos ricos em fibras
    • uma dica simples é substituir o arroz ou o macarrão do dia a dia pelas versões integrais desses alimentos. São gostosas, baratas, simples de preparar, repletas de fibras e altamente nutritivas.
  • Aveia e cevada
    • estes alimentos possuem uma fibra chamada beta-glucana, que se liga ao colesterol durante a digestão e ajuda a reduzir sua quantidade no sangue
  • Linhaça
  • Feijão
  • Soja
  • Nozes
  • Carnes magras, como peixes e frutos do mar
  • Leite e derivados. Eles não são necessariamente vilões da saúde. As versões integrais possuem, de fato, níveis mais altos de gorduras, então podem ser consumidos com moderação. Para quem precisa controlar o colesterol, as versões ‘light’ desses alimentos, com níveis reduzidos de gorduras, são as preferenciais.

 

Alimentação não é tudo – o estilo de vida também importa!

Blog Hospital Vera Cruz - Guia Colesterol - Estilo de vida

Além da alimentação, há outras maneiras de se evitar o colesterol ruim. Afinal, como vimos acima, apenas de 10% a 20% do colesterol presente no sangue vem da dieta. Ou seja: se controlarmos muito, muito bem o que comemos, conseguimos alterar em até 20% os níveis de colesterol. Há ainda espaço para melhorias em outras “áreas de atuação”.

Perder peso, ou então manter um peso adequado por longo tempo, ajuda a reduzir a quantidade de colesterol produzido pelo fígado, assim como evita grandes quantidades do ‘colesterol ruim’ no sangue.

Se a perda de peso é associada à prática de exercícios físicos, os benefícios são ainda maiores. Diversos estudos mostraram correlação positiva entre a prática de atividades físicas e a melhora nos níveis do “colesterol bom” no corpo.

Estratégias adicionais que ajudam a controlar o colesterol são dormir bem, evitar o tabaco e controlar o consumo de álcool.

Quando se bebe álcool, ele é processado pelo fígado, onde é quebrado em triglicérides e…colesterol. Por isso, o consumo de álcool é diretamente relacionado a mais colesterol no sangue.

O principal: converse com seu médico e faça exames de sangue periódicos para checar os níveis de colesterol. O “colesterol alto” não causa sintomas, porém gera consequências que, quando ‘estouram’, podem ser fatais. Aqui no Brasil, uma porcentagem alta dos adultos não realiza consultas periódicas para checar os níveis de colesterol, o que é um erro: acompanhar tais níveis é algo simples e que pode ajudar a evitar problemas graves no futuro. Mesmo que seu colesterol esteja alto, hoje em dia existem medicamentos que ajudam a reduzir sua produção pelo fígado. Além disso, as equipes médicas estão preparadas para estudar seus hábitos de vida e sugerir os melhores caminhos para que mantenha o colesterol sob controle!

 

Relembrando…

Em abril deste ano, comentamos aqui no Blog do Hospital Vera Cruzos 08 fatores essenciais da longevidade (para uma vida longa e livre de doenças crônicas!)”, baseados em um amplo estudo científico. O “fator número 06” desta lista era justamente o controle do colesterol. Confira o que divulgamos à época:

 

CONTROLE O COLESTEROL

Altos níveis de colesterol não-HDL, ou colesterol “ruim”, podem levar a doenças cardíacas. Seu médico pode considerar o colesterol não-HDL como o valor preferido para monitoramento (em vez do colesterol total), porque ele pode ser medido sem jejum prévio e é calculado de forma confiável entre todas as pessoas.

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11 de novembro

Intolerância à Lactose

O QUE É INTOLERÂNCIA À LACTOSE? Intolerância à lactose é o nome que se dá à incapacidade parcial ou completa de digerir o açúcar do leite. A deficiência ocorre quando existe uma baixa ou nenhuma produção de lactase pelo intestino, importante enzima do organismo responsável pela hidrólise da lactose, ou seja, quebra da lactose encontrada no leite e seus derivados em galactose e glucose para que possam ser absorvidas pelo organismo. Existem três tipos de deficiência de lactose: congênita ou genética, a mais rara, deficiência primária, que piora com o passar dos anos, e secundária, que decorre da SII – Síndrome do Intestino Irritável –, de diarreias, da doença de Crohn e da doença celíaca. Embora tenham sintomas parecidos, a alergia ao leite ocorre quando o organismo do alérgico reconhece as proteínas do leite como invasores e começa a aumentar a produção de anticorpos. Com isso, instala-se no corpo um processo alérgico, que pode apresentar uma série de sintomas. Este caso é o mais comum e também a maior causa de sangramento intestinal em crianças. OS SINTOMAS: Os sintomas variam de pessoa para pessoa e estão ligados à quantidade de lactose presente na dieta e ao grau de insuficiência da enzima lactase de cada indivíduo. Cerca de 70% dos brasileiros apresentam algum grau de intolerância à lactose, que pode ser percebida através de distensão abdominal, flatulência, cólica, diarreia, náusea e ardor anal. Se houver um mal-estar depois da ingestão de um copo de leite, isso não significa necessariamente uma intolerância à lactose. Mas, se o incômodo persistir em todas as vezes em que há ingestão de leite ou de qualquer laticínio, é necessário procurar um médico para investigar a suspeita. O QUE FAZER: O primeiro passo é passar por uma avaliação clínica para receber as orientações para seu nível de intolerância à lactose, se for esse o diagnóstico. Em caso positivo, é recomendada a exclusão da lactose para amenizar os sintomas. E, para suprir a necessidade diária de cálcio, indica-se a ingestão de folhas verdes, como couve, alface, brócolis, mostarda, aipo, repolho, abobrinha, erva-doce, feijão, ervilhas, salmão, tofu, laranja, amêndoa, sementes de gergelim, melaço, cereais enriquecidos com cálcio e em alguns casos suplementação de cálcio. O TRATAMENTO: A intolerância à lactose não é uma doença. É uma carência do organismo que pode ser controlada com dieta e medicamentos. No início, a proposta é suspender a ingestão de leite e derivados a fim de promover o alívio dos sintomas. Depois, esses alimentos devem ser reintroduzidos aos poucos até ser identificada a quantidade máxima que o organismo suporta sem manifestar sintomas. Esse procedimento tem como objetivo manter os níveis de cálcio no organismo, que, junto com a vitamina D, é indispensável para a formação de massa óssea saudável. Suplementos com lactase e leites modificados com baixo teor de lactose são úteis para manter a contribuição de cálcio, quando a quantidade de leite ingerida for insuficiente. As pessoas que desenvolveram a intolerância à lactose têm uma vida absolutamente normal, desde que sigam adequadamente as orientações médicas da dieta e do consumo de leite e derivados. A ORIENTAÇÃO DO HOSPITAL VERA CRUZ SOBRE A INTOLERÂNCIA À LACTOSE: Uma das maiores preocupações de pessoas com intolerância à lactose é adotar uma dieta que suplemente os nutrientes encontrados no leite, principalmente o cálcio. Cerca de 70% do cálcio da alimentação vem do leite e derivados. Portanto, na medida do possível, é importante manter uma dieta com ingestão de alimentos lácteos, respeitando a quantidade que seja tolerada pelo seu organismo. Além disso, a vitamina D possui papel fundamental na absorção do cálcio. E, mais uma vez, a primeira atitude diante dos sintomas citados é de procurar um médico para receber o diagnóstico correto e um nutricionista para auxiliá-lo na readequação de seus hábitos alimentares.

03 de novembro

Vitaminas: tipos, funções, deficiência e doenças.

O QUE SÃO VITAMINAS? As vitaminas são compostos orgânicos presentes nos alimentos e indispensáveis para o funcionamento normal do nosso organismo. São essenciais para o crescimento e a reparação dos tecidos, vitais para o funcionamento dos órgãos e a produção das reações metabólicas específicas no meio celular. Além de pertencerem a um grupo de nutrientes orgânicos que promovem o bem-estar físico e mental, as vitaminas são fundamentais para que as pessoas possam manter o funcionamento normal e adequado do seu corpo por meio de uma alimentação balanceada. E, assim, suprir o organismo de todas as vitaminas necessárias para a saúde, de acordo com a forma de vida de cada um. CONHECENDO UM POUCO MAIS SOBRE AS VITAMINAS: SUAS PROPRIEDADES, O QUE OCORRE NA CARÊNCIA E ONDE ELAS SE ENCONTRAM NA NATUREZA. VITAMINA C (hidrossolúvel): A vitamina C é essencial para a defesa do organismo, ajuda no combate às infecções e auxilia na formação dos tecidos, pois participa da constituição da parede celular de todas as células do corpo, como ossos, dentes e cartilagens. Também é muito importante no combate às hemorragias e no fortalecimento do sistema imunológico, pois auxilia na absorção do ferro. Os seres humanos não fabricam vitamina C. Então devemos ingerir diariamente alimentos ricos nessa vitamina. Por se tratar de uma vitamina antioxidante, tem a capacidade de proteger o organismo dos danos provocados pelo estresse oxidativo, ou seja, do excesso de radicais livres no organismo. Esse efeito em nosso corpo pode causar danos à nossa saúde, como a perda de elasticidade da pele, doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, arteriosclerose, lentidão mental, mal de Parkinson e mal de Alzheimer. Não é recomendado picar alimentos que contenham a vitamina C se não forem consumidos imediatamente, pois, em contato com o ar e a luz, esses oxidam, destruindo a propriedade vitamínica. A perda desta vitamina também ocorre ao cozinhar esses alimentos. Portanto, as verduras e os legumes ricos em vitamina C devem ser consumidos preferencialmente crus. CARÊNCIA DE VITAMINA C: A falta da vitamina C leva ao escorbuto, caracterizado pelo enfraquecimento geral, hemorragia, hálito fétido, sangramento das membranas gengivais e mucosas. Outros sintomas são feridas na pele, predisposição à gripe, bronquite e pneumonia. ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA C: Frutas cítricas, como acerola, kiwi, laranja, limão, abacaxi, maracujá, caju, goiaba, manga, uva, tangerina, morango, mamão papaia, pimentão, rúcula, alho, cebola, repolho, espinafre, agrião, alface, cheiro-verde e salsinha. VITAMINA B1 (Tiamina) (hidrossolúvel): A vitamina B1 desempenha um importante papel no sistema nervoso, no sistema circulatório, nos músculos e no coração. Previne o envelhecimento, melhora a função cerebral, combate a depressão, a fadiga, além de auxiliar as células no metabolismo da glicose. CARÊNCIA DE VITAMINA B1: Pessoas com deficiência dessa vitamina apresentam cansaço, inapetência, perda de apetite e consequente perda de peso, insônia, irritabilidade, formigamento, prisão de ventre ou inchaço, confusão mental e fraqueza muscular. Em casos mais graves pode haver comprometimento do coração, lesão cerebral potencialmente irreversível,  síndrome de Wernicke-Korsakoff e beribéri. ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA B1: Alface-romana, espinafre, berinjela, cogumelo, feijão, nozes, atum, carne bovina e de aves, grãos de cereais integrais, como flocos de aveia, semente de girassol, linhaça, e levedura de cerveja. VITAMINA B2 (Riboflavina) (hidrossolúvel):  A Riboflavina é uma substância determinante para o crescimento, para o sistema respiratório, para os processos oxidativos e para a eliminação de radicais livres no organismo. Previne catarata, ajuda na reparação e manutenção da pele e na produção do hormônio adrenalina. A vitamina B2 é importante também para a formação de células vermelhas no sangue e anticorpos. CARÊNCIA DE VITAMINA B2: A carência dessa vitamina provoca inflamações na boca, cansaço, sensibilidade visual, falta de energia, anemia, coceira e descamação da pele. ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA B2: Couve, brócolis, espinafre, repolho, agrião, ervilha, grãos integrais, soja, semente de girassol, ovo, leite e carnes. VITAMINA B3 (Nicotinamida) (hidrossolúvel): Essa vitamina está diretamente ligada à produção dos hormônios: estrogênio, progesterona, testosterona e insulina. Ela é importante no transporte de hidrogênio intracelular e é um dos nutrientes essenciais na geração de energia pelo organismo. Auxilia no funcionamento do cérebro, no bom humor, na saúde da pele, no sistema nervoso, no sistema imunológico e no sistema digestivo. Reduz triglicérides, colesterol, regula o açúcar no sangue e protege o corpo contra poluentes e toxinas. CARÊNCIA DE VITAMINA B3: A deficiência dessa vitamina provoca diarreia, falta de apetite, emagrecimento, fadiga, insônia, irritabilidade, depressão nervosa e dermatite. ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA B3: Levedura, carnes magras de bovinos e de aves, fígado, leite, cogumelos, castanha-do-pará, gema de ovo, cereais integrais, farelo de arroz, farelo de trigo, brócolis, espinafre, aspargo, cenoura, batata-doce, frutas secas, tomate e abacate. VITAMINA B5 (Ácido Pantotênico) (hidrossolúvel): A vitamina B5 é indispensável para todas as células do nosso corpo. Ajuda na formação de células vermelhas, na desintoxicação química e na construção de anticorpos, melhorando assim a imunidade. Previne o desgaste das cartilagens, além de reduzir colesterol e triglicérides. Auxilia na conversão das proteínas, açúcares e gorduras em energia e nas disfunções hormonais. CARÊNCIA DE VITAMINA B5: A carência dessa vitamina provoca insônia, cãibras nas pernas, sensação de ardência nos pés, doenças neurológicas, baixa produção de anticorpos e fadiga. ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA B5: Carne bovina e de aves, fígado, salmão, ovo, leite e derivados, ovário de peixes de água fria, geleia real, grãos integrais, lentilha, amendoim, levedura, brócolis, abacate e batata-doce. VITAMINA B6 (Piridoxina) (hidrossolúvel): Essa vitamina exerce um papel importante, pois reduz o risco de doenças cardíacas, ajuda na manutenção do sistema nervoso central e imunológico, previne anemia, aterosclerose e câncer. Atua também na redução de espasmos musculares e do colesterol, alivia sintomas da menopausa, enxaquecas e náuseas, é bom para a pele e melhora a visão. CARÊNCIA DE VITAMINA B6: A carência dessa vitamina pode provocar anemia, distúrbios nervosos (neuropatia), dermatite, fissuras nas laterais dos lábios, adormecimento e formigamento das mãos e dos pés. Em gestantes, a deficiência severa pode comprometer a capacidade mental do bebê. Sua falta pode causar convulsões em crianças pequenas e confusão mental nos adultos. ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA B6: Alimentos de origem animal (ave, peixe, carne de porco, vísceras, ovo e leite), cereais integrais, semente de girassol, soja, amendoim, feijão, banana, tomate, abacate, espinafre, aveia, gérmen de trigo, levedo de cerveja, nozes e batata-inglesa. VITAMINA B7/B8 (Biotina) (hidrossolúvel):  Atua no sistema nervoso como um sedativo natural. Promove o crescimento celular, a produção de ácidos graxos e a redução de açúcar no sangue. A vitamina B7/B8 alivia dores musculares e fortalece a pele, as unhas e os cabelos, prevenindo a calvície. CARÊNCIA DE VITAMINA B7/B8: A falta dessa vitamina pode causar dermatite, furúnculos, calvície, unhas quebradiças, conjuntivite, inflamações, perda de apetite, fraqueza, dores musculares, enjoos, fadiga, alucinações, níveis elevados de colesterol e anemia. ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA B7/B8: Levedura de cerveja, carne de aves, fígado, rins, gema de ovo, leite, iogurte, queijo, cogumelo, espinafre, couve-flor, ervilha, avelã, gérmen de trigo, laranja, melão, nozes e arroz integral. VITAMINA B9 (Ácido Fólico) (hidrossolúvel): A vitamina B9 é responsável pela manutenção dos sistemas imunológico, circulatório e nervoso. Atua na formação de proteínas e hemoglobina, prevenindo a anemia. É essencial na síntese de DNA, promove a saúde dos cabelos e da pele, ajuda a combater o primeiro infarto, câncer de mama e de cólon, além de diminuir o risco de aterosclerose (formação de placas de gorduras nas artérias). CARÊNCIA DE VITAMINA B9: A carência da vitamina B9 causa insônia, ulcerações na cavidade oral, anorexia, apatia, anemia, dificuldade de memorização, cefaleia, distúrbios digestivos, cansaço, falta de ar, problemas de crescimento e fraqueza. ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA B9: Carne, peixe, fígado, rins, levedura de cerveja, vegetais de folhas verdes, couve-flor, cereais integrais, leguminosas, amendoim e milho. VITAMINA B11 (Carnitina) (hidrossolúvel): Essa vitamina auxilia no crescimento e desenvolvimento do corpo, atua na manutenção do sistema nervoso e reduz os níveis de triglicérides e colesterol. Age levando as gorduras para dentro das células, produzindo energia, o que aumenta o consumo de gorduras e, dessa forma, proporciona uma função protetora do fígado. CARÊNCIA DE VITAMINA B11: A falta dessa vitamina pode causar cansaço, fraqueza muscular, confusão mental, manifestações cardíacas e insuficiência renal, que pode evoluir para lesão das células tubulares renais. ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA B11: Carne, peixe e laticínios. VITAMINA B12 (Cobalamina) (hidrossolúvel):  A vitamina B12 é importante para a formação do DNA, ajuda no crescimento e desenvolvimento do corpo e na saúde da pele. Seu consumo auxilia na síntese das células nervosas e na formação, integridade e maturação das células vermelhas. CARÊNCIA DE VITAMINA B12: A deficiência dessa vitamina pode causar anemias diversas, alteração neurológica, afta na boca, fadiga, fraqueza, constipação, perda de apetite, perda de peso, dificuldade de concentração, falha de memória, formigamento nas pernas, queimação na sola dos pés, dificuldade para andar, pele amarelada (icterícia), língua inchada e inflamada. ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA B12: Fígado, rins, carne de porco, peixes de água fria (truta, salmão e atum), ostra, ovo, leite, queijo, manteiga e soja. VITAMINA A (lipossolúvel): A vitamina A é importante para a saúde da visão, dos cabelos, do sistema imunológico e da pele, pois auxilia na cicatrização, na textura dos ossos e na formação de colágeno. Ela é responsável pelo bom funcionamento de todos os tecidos do nosso corpo e, por ser uma vitamina antioxidante, ajuda na eliminação de radicais livres. CARÊNCIA DE VITAMINA A: Pode levar à ceratoconjuntivite ou a ulcerações nas córneas, que podem evoluir para necroses. Contribui para a formação de pele seca, unhas quebradiças e queda de cabelo. A falta dessa vitamina pode causar cegueira noturna. ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA A: Beterraba, cenoura, batata-doce, fígado, rim, ovos, couve, espinafre, mamão e manga. VITAMINA D (lipossolúvel): A vitamina D é sintetizada no organismo através da exposição à luz solar. Ela é essencial para a saúde, pois facilita a absorção do cálcio, que influencia na formação e na firmeza dos ossos e dos dentes. Além disso, é obrigatória para a produção de insulina e manutenção do sistema imunológico, sendo funcional para o tratamento de doenças autoimunes. CARÊNCIA DE VITAMINA D: A falta dela aumenta o risco de problemas cardíacos, osteoporose, câncer, gripe, resfriado e doenças autoimunes como a esclerose múltipla. Em mulheres grávidas aumenta o risco de aborto, favorece a pré-eclâmpsia e eleva as chances da criança ser portadora de Transtorno Autista. Para evitar a carência da vitamina D, é importante se expor ao sol de 15 a 20 minutos por dia com braços e pernas descobertos. ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA D: Peixe (atum, salmão e sardinha), óleo de fígado de bacalhau, manteiga, nata, gema de ovo, carne bovina e fígado de vitela. VITAMINA E (lipossolúvel): A vitamina E funciona como um antioxidante, combate os radicais livres e reduz os riscos de doenças cardiovasculares e cerebrais como a arteriosclerose, condição degenerativa de endurecimento e espessamento das paredes arteriais que costuma provocar aumento da pressão arterial. Melhora a circulação sanguínea e o tempo de coagulação, reduzindo a possibilidade de doenças como câncer, mal de Parkinson, mal de Alzheimer e catarata. Já para as gestantes, previne a pré-eclâmpsia. CARÊNCIA DE VITAMINA E: A deficiência dessa vitamina leva às alterações neurológicas, como a diminuição dos reflexos, da sensibilidade vibratória e do tempo de coagulação sanguínea, além de dificuldades visuais, doenças cardíacas, câncer, mal de Parkinson, mal de Alzheimer e catarata. ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA E: Verduras: alface, salsa, agrião, espinafre e couve; Oleaginosas: amêndoas, nozes, amendoim, avelã, castanha-do-pará e pistache; Óleos vegetais: óleos de cártamo, algodão, milho, soja, semente de açafrão e azeite de dendê; Demais fontes: ovos, gérmen de trigo, semente de girassol, soja, banana, manteiga, carnes, gergelim e linhaça. VITAMINA K (lipossolúvel): A vitamina K faz parte do processo de coagulação sanguínea. Ela auxilia na transformação das proteínas em substâncias que contribuem para a coagulação correta do sangue, proporcionando uma melhor cicatrização. Além de ajudar na fixação do cálcio nos ossos, auxilia na construção e na manutenção da estrutura de ossos e dentes. CARÊNCIA DE VITAMINA K: A falta de vitamina K causa alteração na coagulação sanguínea, ou seja, sangramento difícil de estancar, que pode levar a uma hemorragia. Esse sangramento pode ocorrer através da pele, do nariz, por uma pequena ferida ou, o mais grave, no estômago. Também é possível ocorrer presença de sangue na urina ou nas fezes. O uso de medicamentos anticoagulantes pode, da mesma forma, acarretar a deficiência de vitamina K. ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA K: Couve, couve-de-bruxelas, brócolis, salsa, espinafre, couve-flor, acelga, alface, cenoura, aspargo, pepino, ovo, farelo de trigo, soja e óleo de canola. A ORIENTAÇÃO DO HOSPITAL VERA CRUZ SOBRE AS VITAMINAS: Existem duas categorias de vitaminas: as hidrossolúveis e as lipossolúveis, que se classificam de acordo com a substância que as dissolve. As vitaminas lipossolúveis são substâncias orgânicas solúveis em gordura. Essas vitaminas não são facilmente eliminadas pelo organismo e, por isso, tendem a se acumular, provocando intoxicação se ingeridas em excesso. As vitaminas hidrossolúveis são substâncias orgânicas solúveis em água. Esse tipo de vitamina não é armazenado pelo organismo em grandes quantidades. Em um pequeno espaço de tempo, essas são eliminadas pela urina. Por essa razão, devem ser ingeridas diariamente através da alimentação. SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS SÃO INDICADOS? Todas as vitaminas que necessitamos se encontram disponíveis na natureza, ou seja, nos alimentos. Por isso, a importância de se manter uma alimentação balanceada. Se, nas refeições, damos prioridade para porções adequadas de frutas, legumes, hortaliças, carnes, grãos, dificilmente nosso organismo necessitará de complementos encontrados nas farmácias. Muitas vezes, o excesso de vitaminas obtido por comprimidos ou líquidos industrializados favorece o aparecimento de efeitos colaterais. Esses efeitos podem comprometer perigosa e definitivamente órgãos vitais do nosso corpo, como fígado, rins e coração. A análise contempla idade, histórico familiar de saúde, nível de stress, profissão, qualidade de vida (alimentação, sono, recreação), estado emocional e vícios. IMPORTANTE: também no campo das vitaminas, a automedicação é um perigo e só médicos ou nutricionistas poderão indicar o melhor complemento vitamínico, se for o caso. E cada caso é um caso.

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