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Febre maculosa, entenda a doença e previna-se.

O QUE É FEBRE MACULOSA? A febre maculosa brasileira (FMB) é uma doença infecciosa, febril aguda, de gravidade variável, cuja apresentação clínica pode variar desde as formas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. Ou seja, é uma enfermidade que pode causar a morte do paciente. COMO SE DÁ O CONTÁGIO: A doença não é transmitida de pessoa para pessoa. A febre maculosa brasileira é adquirida pela picada do carrapato infectado com Rickettsia e a transmissão, geralmente, ocorre quando esse carrapato permanece ou esteve aderido ao hospedeiro por um período de 4 a 6 horas. O hospedeiro mais comum desse carrapato é a capivara. Por isso é importante evitar o contato direto com esses animais. Por outro lado, não é só a capivara que abriga o carrapato. Animais de grande porte, como cavalos, também podem representar riscos. Os carrapatos permanecem infectados durante toda a vida, em geral de 18 a 36 meses. Essa infecção pode ser disseminada dos carrapatos infectados para os não infectados. O diagnóstico e início imediato do tratamento são essenciais para evitar as formas mais graves da doença e até mesmo a morte. A INCUBAÇÃO DA FEBRE MACULOSA: Após a picada do carrapato, os sintomas começam a aparecer entre 2 e 14 dias (média de 7 dias). OS SINTOMAS DA FEBRE MACULOSA:  A febre maculosa se manifesta em uma fase inicial com: • Febre elevada e de início súbito; • Dor de cabeça intensa; • Dor muscular generalizada; • Dor nas articulações; • Náuseas, vômito e diarreia; • Cansaço e fraqueza; • Manchas vermelhas pelo corpo: começam(ou aparecem) entre o terceiro e o quinto dia após o início da febre, acometem inicialmente braços e pernas (punhos e tornozelos) e evoluem para abdome, tórax e face. IMPORTANTE: A ausência de manchas vermelhas não exclui a possibilidade de diagnóstico de febre maculosa em pacientes com início súbito de febre alta e com histórico de picada de carrapato ou que tenham frequentado áreas com risco de exposição ao carrapato nos últimos 14 dias (ex.: chácaras, lagos, rios, parques com animais como a capivara, cavalo, etc.). Com a progressão da doença, os sintomas se agravam, podendo causar manifestações respiratórias (tosse, falta de ar e hemorragia pulmonar), manifestações hemorrágicas (urina com sangue, sangramento nasal, vômito com sangue, etc.), insuficiência renal aguda, icterícia, convulsões, confusão mental e coma. A GRAVIDADE DA FEBRE MACULOSA (LETALIDADE, SEQUELAS E CHANCES DE CURA): A letalidade da doença, quando não tratada, pode chegar a 80%. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA FEBRE MACULOSA: Os sintomas da fase inicial podem ser confundidos com os de diversas doenças, como dengue, leptospirose, Zika Vírus, Chikungunya, enteroviroses, parvovírus, salmonelose, viroses respiratórias, micoplasma, clamídia, sífilis e outras. Por esse motivo, é de total importância que o paciente informe ao médico se reside ou frequentou áreas de transmissão identificadas pela vigilância sanitária, áreas urbanas, periurbanas ou rurais com presença de: • Vegetação (pastos ou matas); • Rios, lagos, lagoas e pesqueiros; • Hospedeiros do carrapato: capivaras ou cavalos. E, principalmente, se o paciente tiver noção de que foi picado por um carrapato e apresentar alguns dos sintomas já citados. O início do tratamento não depende da coleta e/ou dos resultados de exames diagnósticos da doença. Entretanto o principal exame para a identificação da enfermidade é a coleta de sangue (sorologia para febre maculosa). Então, a atitude mais prudente diante de qualquer evidência ou suspeita é procurar um médico ou atendimento junto aos postos de saúde pública. A PREVENÇÃO DA FEBRE MACULOSA: Evitar frequentar áreas onde se encontra uma concentração dos animais já descritos e ficar atento às ações da vigilância epidemiológica e ambiental de controle de vetores e áreas contaminadas. Atenção aos fatores ambientais de risco: • De abril a outubro são os meses nos quais o carrapato está presente em maior proporção nos ambientes mais propícios à contaminação; • Alterações no ambiente silvestre, principalmente pela invasão da população e destruição da mata ciliar; • Influência climática, determinando a dinâmica das populações de carrapatos; • Presença de famílias de capivaras em áreas periurbanas e parques urbanos. O TRATAMENTO DA FEBRE MACULOSA: Diante de um caso suspeito de febre maculosa, o tratamento deve ser iniciado imediatamente. Em casos graves o paciente deve ser internado para tratamento. Nas formas leves da doença, o paciente (adulto e criança) pode fazer o tratamento em casa, mediante prescrição médica da medicação receitada. Nesses casos, a vigilância epidemiológica da cidade será acionada para acompanhar os tratamentos domiciliares. Como se trata de uma doença que, se não tratada adequada e rapidamente, pode levar à morte, frente à identificação de caso suspeito, o início do tratamento não pode ser adiado em hipótese alguma. Quanto antes iniciar, melhor será a recuperação do doente. A ORIENTAÇÃO DO HOSPITAL VERA CRUZ SOBRE A FEBRE MACULOSA: Ao apresentar algum dos sintomas descritos e tiver frequentado as áreas de risco ou sido exposto à picada de carrapato, é de máxima importância comunicar esses fatos ao médico. É com base nessas informações que será levantada a suspeita de febre maculosa e não outras enfermidades com sintomas semelhantes

Você sabe o que é um Acidente Vascular Cerebral?

O diagnóstico ágil é fator determinante para que o paciente não tenha sequelas. O QUE É AVC? O AVC – Acidente Vascular Cerebral –, conhecido também como derrame cerebral, ocorre quando uma das artérias do cérebro sofre oclusão, ou seja, a região que deveria ser irrigada entra em processo de anóxia (ausência de oxigênio no sangue arterial). Com a falta oxigênio, muitas células morrem, ocasionando a morte dos neurônios. Essa é uma característica do acidente vascular cerebral isquêmico. Existe também outro grupo de acidente vascular cerebral, denominado hemorrágico, que acontece quando uma artéria se rompe e o sangue escoado origina um hematoma ou coágulo. OS SINTOMAS: As manifestações do AVC são muito variadas e os sintomas surgem repentinamente. Uma vez sabendo quais são, dá para identificar o perigo iminente. O mais comum é a alteração motora, enfraquecimento, adormecimento e paralisação de braço ou perna de um lado do corpo e perda de força na face, o que pode causar desvio da boca para um lado. É provável que o paciente sinta fraqueza muscular, falta de coordenação ao andar ou mesmo queda, alterações da visão ou a perda total da visão de um dos olhos e alterações na fala, percebidas pela dificuldade de articulação ou de expressão. Podem ocorrer, ou não, dor de cabeça, vômito ou perda de consciência. Esses sintomas são mais comuns nos quadros hemorrágicos que nos isquêmicos. O QUE FAZER: A prevenção é a primeira atitude a ser tomada. Diante da menor suspeita do distúrbio, é imprescindível buscar ajuda médica especializada, que confirmará o diagnóstico e implementará as ações necessárias. Quem presenciar alguém com sintomas de AVC precisa verificar se a pessoa está consciente e acionar o serviço de resgate imediatamente. No caso de convulsão, a crise pode durar segundos ou minutos. O importante é evitar que a pessoa bata a cabeça. Para isso, é preciso usar um apoio como um pano ou uma blusa. Quando a convulsão parar, a cabeça deve ser colocada de lado para que a vítima respire melhor. Perceber que está acontecendo um AVC é fundamental, porque cada minuto sem tratamento significa a morte de muitos neurônios e das conexões entre eles, o que origina sequelas. A IMPORTÂNCIA DA AGILIDADE: Todo AVC é uma emergência médica. Portanto, assim que chegar com a vítima ao hospital, avise que se trata de uma suspeita de derrame cerebral. O tratamento do AVC exige agilidade no diagnóstico. Além do atendimento pelo socorrista, o paciente deverá ser avaliado pelo neurologista e realizar exames de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética de crânio). Para algumas categorias de AVC, o prazo de tratamento é muito curto, às vezes, de algumas horas. O DIAGNÓSTICO: As chances da pessoa vítima de um derrame cerebral sair ilesa são grandes, pois os medicamentos e tratamentos estão cada vez mais eficientes. Como informação auxiliar, especialistas recomendam reconhecer os sinais, sintomas e saber o horário exato que eles começaram. O primeiro atendimento e diagnóstico ágeis ainda são fatores determinantes para que não haja sequelas ou possível óbito. A PREVENÇÃO: A hipertensão arterial é a principal causa de AVC, seguida pelo diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo e consumo excessivo de álcool. Ao manter uma alimentação balanceada e hábitos saudáveis, como uma caminhada diária, a cessação do fumo e do consumo de álcool, já é possível diminuir o risco de um AVC. Para completar a prevenção, é preciso controlar rigorosamente a hipertensão arterial e o nível de colesterol. O TRATAMENTO: O tratamento e a reabilitação do paciente irão depender das particularidades que envolvem cada caso. Para que o paciente possa ter uma melhor recuperação e qualidade de vida, é fundamental que ele seja analisado e tratado por uma equipe multidisciplinar: fisioterapeutas, médicos, psicólogos e demais profissionais. Seja qual for o tipo do acidente, as consequências são bastante danosas. Além de estar entre as principais causas de morte mundiais, o AVC é uma das patologias que mais incapacitam para a realização das atividades cotidianas.

Câncer de próstata, o diagnóstico precoce preserva a vida.

O QUE É CÂNCER DE PRÓSTATA? O câncer de próstata se caracteriza pelo crescimento descontrolado de células desta glândula, que, em algum momento, adquirem características anormais, rápida e desordenadamente. Em seu funcionamento normal, o corpo substitui as células antigas por células novas e saudáveis. As mutações genéticas podem alterar a habilidade da célula de manter sua divisão e reprodução sob controle, produzindo células em excesso, formando assim o tumor maligno. O QUE CAUSA O CÂNCER DE PRÓSTATA? Os fatores de risco são obesidade, alimentos gordurosos e prostatite crônica (inflamação persistente ou permanente da próstata). O histórico familiar, no entanto, é o principal fator. Mas a ciência ainda não conseguiu determinar uma causa específica para o surgimento deste tipo de câncer. A DIFERENÇA ENTRE CÂNCER E CRESCIMENTO BENIGNO (HIPERPLASIA DA PRÓSTATA): A partir dos 40 anos de idade, é natural que a glândula da próstata comece a apresentar um crescimento de volume que, normalmente, é identificado como hiperplasia benigna da próstata, ou seja, equivale a um tumor benigno. Diferente de quando o mesmo fenômeno se apresenta na condição de um tumor maligno e, portanto, canceroso. Geralmente, em ambos os casos, os fatores genéticos são os mais comuns. QUAL A SUA INCIDÊNCIA? A hiperplasia benigna da próstata, a partir dos 50 anos de idade, ocorre em praticamente 100% dos homens em seus diversos graus de intensidade. Já o carcinoma da próstata (câncer de próstata), em princípio, nada tem a ver com o surgimento da versão benigna e muitas vezes não tem sintomas. Por isso, a grande importância de se fazer os exames preventivos a partir dos 40 anos de idade. O câncer de próstata é o tumor masculino mais comum, sendo responsável por 1/3 dos tumores malignos no homem. Uma curiosidade: o câncer de próstata é menos comum nos indivíduos de origem asiática e mais comum nos de origem africana. A PREVENÇÃO: É importante que, independente de casos familiares, homens a partir dos 45 anos façam o exame de sangue (PSA) e o exame de toque uma vez ao ano. Já para os homens que têm casos de câncer de próstata na família, a recomendação é que esses exames sejam feitos a partir dos 40 anos ou diante de qualquer percepção de anormalidade. O licopeno é considerado um aliado na prevenção do câncer de próstata e esse nutriente é encontrado no molho de tomates. Para se obter um volume considerável de licopeno, o tomate tem que estar cozido. Quando cru, o volume de licopeno é muito menor. E o alto consumo de carnes vermelhas é considerado um fator agravante caso o paciente tenha alguma predisposição ou tendência para o câncer de próstata (como a ocorrência de casos em familiares próximos, como irmãos, pai, avôs ou tios e primos de primeiro grau). OS SINTOMAS: Podemos considerar que, em muitos casos, o câncer de próstata é assintomático, ou seja, o homem não sente dores ou qualquer alteração em suas funções do aparelho genital. Mas, quando surgem, os sintomas normalmente são: Dificuldade de urinar. Presença de sangue na urina. Maior frequência para urinar à noite. Dores no ato de urinar. Dores ou desconfortos anormais na ejaculação.   CHANCES DE CURA: Quando diagnosticado em estágio inicial, a chance de cura de um câncer de próstata pode ultrapassar os 90%. Por isso é tão importante que, rigorosamente, os exames anuais sejam feitos em caráter preventivo a partir dos 45 anos de idade ou antes, caso haja histórico familiar. O TRATAMENTO: O tratamento do câncer de próstata é personalizado, ou seja, cada caso é um caso e para cada estágio do tumor é adotada uma conduta clínica específica. Os tipos de tratamento são: cirúrgico, quimioterápico, radioterápico e hormonal, que podem ser adotados isoladamente ou associados. Nos casos benignos, hoje a medicina moderna dispõe da cirurgia minimamente invasiva através de equipamentos que se utilizam do laser para diminuir o volume da glândula. Quando o tumor é maligno, no Brasil já existem equipamentos de robótica e, com o tempo, esse sistema deverá substituir a cirurgia convencional.   ORIENTAÇÃO DO HOSPITAL VERA CRUZ SOBRE O CÂNCER DE PRÓSTATA: O texto acima já deixou clara a grande importância dos exames preventivos para que se possa detectar precocemente o câncer de próstata, já que o índice de cura é altíssimo quando diagnosticado de início. Vale salientar que ainda é enorme o preconceito dos homens brasileiros com relação ao exame de toque retal, que, em nenhuma hipótese, substitui o exame de sangue (PSA). O diagnóstico só pode ser considerado seguro depois da avaliação pelo urologista dos resultados dos dois exames. E, no sentido de acabar com esse preconceito, é importante saber que o exame de toque retal não leva mais que 30 segundos e está comprovado cientificamente que em nenhuma hipótese existem efeitos colaterais indesejáveis e, muito menos, compromete a masculinidade do indivíduo. Em troca, o paciente recebe um diagnóstico preciso que, diante da existência de um tumor maligno, permite tomar todas as providências necessárias a tempo de evitar metástases (que geralmente vão para os ossos) e aumentar sobremaneira as chances de cura definitiva. Não existem, portanto, razões para preconceitos quanto ao exame de toque retal.

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