Conheça os sinais, os sintomas e a prevenção de uma das ‘doenças do verão’ mais prevalentes nos meses de férias: a conjuntivite!
Nesses meses de calor, alta umidade e de férias, algumas doenças tornam-se extremamente comuns. São as chamadas “doenças do verão”, e dentre elas umas das mais frequentes é a conjuntivite.
Você sabe o que exatamente é a conjuntivite? Quais são as causas e os sintomas? O quão perigosa ela é? E o que fazer para se proteger? Preparamos um guia rápido com todas estas informações! Acompanhe.
O que é a conjuntivite?
Para entender a conjuntivite, precisamos lembrar que o olho possui uma camada bem fininha, membranosa e transparente, que recobre tanto a parte interior das pálpebras quanto a parte branca do globo ocular, chamada de conjuntiva.
Para deixar claro: a conjuntiva recobre toda a superfície externa dos olhos exceto a córnea, por isso dizemos que ela está presente apenas sobre “a parte branca”!
Além de ser uma barreira de proteção contra corpos estranhos, a conjuntiva também permite que o olho se movimente sob as pálpebras, sem que haja ‘atrito’ entre as partes.
A conjuntiva é uma parte ‘viva’ do corpo, ou seja, apesar de ser transparente, ela possui microvasos sanguíneos que levam nutrientes à membrana. Quando ocorre alguma lesão ou infecção na região, esses microvasos podem ficar mais aparentes. Como a conjuntiva recobre a parte branca dos olhos, quando há infecção e os vasos sanguíneos ficam mais visíveis, o olho acaba ganhando uma coloração mais avermelhada.
Explicamos tudo isso para que você entenda algumas características das conjuntivites. A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva. Nesses casos, portanto, os olhos ficam vermelhos por causa dos vasos sanguíneos mais aparentes da conjuntiva. Ao mesmo tempo, apesar dessa infecção, raramente a visão é comprometida, uma vez que a conjuntiva recobre apenas a parte branca dos olhos (e não a córnea)!
A conjuntivite pode ser causada por vírus (forma mais comum), por bactérias (forma mais grave e que exige tratamentos mais complexos) ou por alergias/irritações (o cloro é um dos agentes irritantes que mais costumam causar conjuntivites).
No caso de infecção viral, é comum os sintomas surgirem primeiro em um dos olhos e depois passarem para o segundo. Eles incluem lacrimejamento constante e em alta intensidade.
No caso das infecções bacterianas, o principal diferencial é a presença de secreções bem amareladas (ou até mesmo esverdeadas) na região do olho. É mais comum afetar apenas um dos olhos do que ambos.
Nos casos de infecção por vírus e bactérias, a transmissão se dá pelo contato com fluidos dos olhos das pessoas afetadas – o que é muito fácil de ocorrer, já que a doença causa intensa coceira e irritação, o que gera um contato constante ente mãos e olhos.
No verão, superfícies contaminadas ou até mesmo a água do mar ou da piscina que entrou em contato com olhos com conjuntivite podem transmitir a doença!
Sinais e sintomas da conjuntivite
- Um ou ambos os olhos vermelhos
- Inchaço nos olhos
- Ardência
- Coceira nos olhos
- Sensação de ‘corpo estranho’ (tipo ‘areia’) no olho
- Lacrimejamento
- Maior sensibilidade à luz
- Pode ou não haver presença de secreção (característica das conjuntivites bacterianas)
- Pode ou não haver formação de ‘crostas’ na região dos olhos (bastante comuns e perceptíveis ao acordar)
A conjuntivite é perigosa?
A conjuntivite exige tratamento rápido, a fim de evitar a piora nos sintomas e a transmissão para outras pessoas. Como esses sintomas são bem desagradáveis, é comum a pessoa afetada procurar ajuda médica com rapidez.
Apesar de representar um risco baixo à saúde ocular no longo prazo, a conjuntivite é uma das doenças mais facilmente transmissíveis que há – alguns estudos apontam que é mais fácil passar conjuntivite a outra pessoa do que a gripe! Por isso, quanto antes os tratamentos forem iniciados, melhor para a pessoa afetada e para todos ao seu redor.
O que fazer para evitar a conjuntivite
A principal orientação é manter a conjuntiva limpa e protegida – e isso inclui cuidados adicionais com os olhos durante o verão, período em que eles costumam estar ‘sob ataque’ do sol forte, de areia, do cloro, de protetor solar e de demais itens que podem acabar causando irritações! Além disso, é sempre bom lembrar de:
- Manter a higiene, lavando rosto e olhos com frequência.
- Lembra-se da época da pandemia, quando todo mundo tomavam o maior cuidado para não coçar os olhos ou levar as mãos sujas ao rosto? Essas mesmas dicas se mantêm para maior proteção contra a conjuntivite! Além de evitar tocar nos olhos, lembre-se de lavar as mãos com frequência.
- Utilizar óculos de mergulho para entrar na água.
- Se estiver na praia ou em locais com muita poeira, proteja os olhos de irritações utilizando óculos.
- Prestar atenção às pessoas ao seu redor. Quando se está na praia ou na piscina, é normal vermos pessoas com os olhos vermelhos, por causa do cloro. Mas se essa vermelhidão não passar ou os olhos tiverem aspectos inchados ou com secreções, avise-a da possibilidade de conjuntivite e não compartilhe itens pessoais com ela – lembre-se que a infecção é facilmente transmissível.
- Se você utiliza lentes de contato, capriche na higienização diária durante o verão e troque-as com regularidade.
- Caso esteja com conjuntivite, troque a fronha o maior número de vezes que puder – até mesmo todos os dias, se for possível – a fim de reduzir o impacto viral ou bacteriano em sua própria saúde.
Com essas dicas, você estará mais protegido ao longo dessa época de férias e poderá curtir o verão sem vermelhidão nos olhos!